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Setor editorial brasileiro encolheu 21% entre 2006 e 2017, aponta série histórica da Fipe

Ao analisar o desempenho real das editoras nos últimos doze anos, dossiê da pesquisa Produção
e Vendas (Fipe) mostra o impacto da crise econômica na indústria do livro a partir de 2015

A apresentação do dossiê aconteceu no dia 30 de maio de 2018 na sede do SNEL, no Rio de Janeiro, com a presença do presidente Marcos da Veiga Pereira, da Profª Leda Paulani e da economista Mariana Bueno, da Fipe.

Confira a íntegra da série histórica de 12 anos da Pesquisa Fipe

Maio de 2018 – Apresentada desde 2006 pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), por encomenda da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), a pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro teve sua série histórica atualizada: incluindo os dados apurados em 2017, o dossiê passa agora a compilar os números de doze anos de atividade editorial no país.

Retirados das edições anteriores do estudo, os números de faturamento foram levados a valores de 2017, corrigidos pela variação acumulada do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), revelando o desempenho real das editoras ano a ano.

O levantamento mostra que o faturamento do setor editorial geral (com vendas para o mercado e para o governo) diminui 21% no comparativo entre 2006 e 2017, o que corresponde a uma perda de R$ 1,4 bilhões.

Após um período de expansão, entre os anos de 2006 e 2011, quando chegaram a faturar cerca de R$ 7 bilhões (em valores constantes de 2017), as editoras viram seu faturamento cair aproximadamente 20% nos últimos três anos, impactadas pela crise que afetou o país a partir de 2015.

No período compreendido entre 2014 a 2017, o subsetor mais afetado foi o de Científicos, Técnicos e Profissionais (CTP), com um decréscimo de 32% em temos reais nas vendas totais (mercado + governo). No comparativo completo (2006 X 2017), a variação chega a -19%.

Apesar de ter a queda mais expressiva nos últimos doze anos (-42%, 2006 X 2017), o segmento de Obras Gerais ensaia uma recuperação de 2016 em diante, quando teve crescimento real de 4% (mercado + governo) de um ano para outro.

O subsetor de Didáticos apresentou uma queda real de 11% de 2006 a 2017. É o segmento com maior participação das vendas ao governo, que responde por cerca de 40% do faturamento do mesmo.

Religiosos continuam apresentando o melhor desempenho entre os quatro segmentos analisados nas vendas para mercado e governo. Praticamente estável, o subsetor teve ligeiro decréscimo de 1% entre 2006 e 2017 e, nos últimos dois anos (2016-2017), registrou aumento real de 2%.

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